sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cultura em Arquivos



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Plano Estadual de Cultura do Espírito Santo


O Plano Estadual de Cultura do Espírito Santo 
(PEC-ES) é um instrumento de planejamento 
estratégico para os próximos dez anos, que 
organiza, regula e orienta a execução da política
 estadual deste segmento. O PEC-ES, em
 consonância com o Fundo Estadual de Cultura e o 
Conselho Estadual de Cultura constituem a base do 
Sistema Estadual de Cultura.
De acordo com a Lei 12.343/10, que cria o Plano 
Nacional de Cultura, a elaboração do PEC-ES é um 
dos compromissos assumidos pelo Espírito Santo 
quando aderiu ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), em 2012, cuja implantação
 possibilitará o desenvolvimento de projetos e ações de forma coordenada e integrada entre o 
poder público e a sociedade civil.
O Plano deve ser estruturado considerando as três dimensões básicas e complementares 
da cultura: a da expressão simbólica, a do direito de cidadania e a econômica. A dimensão
 simbólica se expressa em modos de vida, motivações, crenças religiosas, valores, práticas,
 rituais e identidades. A dimensão do direito de cidadania promove o acesso universal à
 cultura através do estímulo à produção artística, democratização das condições de produção,
 oferta de formação, expansão dos meios de difusão, ampliação das possibilidades de fruição,
 intensificação das capacidades de preservação do patrimônio e estabelecimento da livre 
circulação de valores culturais. A dimensão econômica visa a criação de um cenário de 
desenvolvimento econômico socialmente justo e sustentável.
O processo de elaboração do Plano está sendo feito de forma participativa, visando a
 conhecer melhor o ambiente cultural de nosso Estado, sua dimensão, formação e diversidade,
 com o objetivo de formular respostas relacionadas a desafios e potencialidades, regionais e 
estaduais, que fortaleçam os atores sociais da área cultural no exercício de suas expressões.
A sensibilização e mobilização dos segmentos representativos da área cultural já estão em
 andamento. A cultura capixaba conta com sua colaboração para a confecção deste Plano que 
inicia uma nova modalidade na determinação de objetivos e metas para as ações, garantindo a
 continuidade das políticas culturais no próximo decênio, independente das mudanças no plano 
político. E o mais importante: o processo de elaboração do PEC-ES é uma oportunidade de ,
construção do futuro desejado pelos protagonistas da vida cultural do Espírito Santo.

 APEES restaura periódicos

Arquivo Público restaura e digitaliza os 
periódicos “Correio do Sul” e “O Caboclo”

Exemplares dos jornais “Correio do Sul”, de Cachoeiro de 
Itapemirim, do período de 1928 a 1929, e “O Caboclo”, que 
circulou em Itapemirim, nos anos de 1901 a 1902, estão sendo 
restaurados e microfilmados pelo Arquivo Público do Estado
do Espírito Santo (APEES). Os impressos trazem aspectos 
significativos da sociedade da época e os principais debates 
políticos que agitavam os municípios. Os materiais foram 
guardados e encaminhados ao Arquivo pelo cronista e advogado
Higner Mansur. Foi no “Correio do Sul” que o escritor capixaba 
Rubem Braga publicou os seus primeiros escritos, em 1928, quando
tinha apenas 15 anos de idade. Dele há poesias, crônicas e textos
sobre o cotidiano e a política local e nacional. O jornal foi fundado
por Jerônimo Braga e Armando de Carvalho Braga, irmãos de 
Rubem Braga. 




“O Caboclo”, por sua vez, era redigido por Athayde Júnior e 
Narciso Araújo. No número inaugural o periódico se intitula 
“(...) força social, impulsiva e orientadora do progresso”. 
O impresso possuía um forte cunho político e afirmava a intenção
 de fortalecer e levantar o patriotismo. Ele exercia intensa oposição 
a José de Melo Carvalho Muniz Freire, que foi presidente do 
Estado no período de 1892 a 1896 e, eleito novamente em
1900, permaneceu no poder até 1904. “O Caboclo” chegou a defender
a incorporação do Espírito Santo ao território de Minas Gerais 
por considerar desfavoráveis as condições econômicas e sociais.

Imprensa Capixaba

José Carlos Mattedi, no artigo “A imprensa capixaba no século 
XIX”, presente na obra
 “Aspectos históricos da imprensa capixaba”, informa que antes
do aparecimento do primeiro jornal, em 1840, circulavam pelas ,
ruas de Vitória apenas pasquins manuscritos. Segundo o autor, 
com o advento do Império, os raros pasquins continuavam no 
Espírito Santo enquanto uma série de jornais e revistas já aparecia 
em locais como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.



Em 1835, o Presidente da Província, Joaquim José de Oliveira, 
encaminha um ofício ao Império reclamando a falta de uma 
tipografia na qual pudessem ser impressos os atos oficiais da
 Assembleia. A tipografia surgiu apenas em 1840 por iniciativa 
do alferes Ayres Vieira de Albuquerque Tovar e nela foi 
publicado o primeiro jornal capixaba, “O Estafeta”. 
O mesmo não passou do primeiro número. A imprensa
 se inicia efetivamente com o “Correio da Victoria”, em
 1849. Nas primeiras publicações se sobressaíam os conteúdos 
políticos. Segundo Mattedi, os materiais capixabas eram, 
geralmente, redigidos por bacharéis,com participação nas
atividades partidárias. 



No site do APEES,no
link www.ape.es.gov.br/imprensa_capixaba/index.html, pode-se ter 
acesso ao acervo “Imprensa Capixaba”. Ao todo são 72 periódicos
de 13 municípios do Espírito Santo, publicados desde o ano de 1849.
Informações à Imprensa: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo Jória Motta 
Scolforo 3636-6100 joriascolforo@gmail.com

quinta-feira, 18 de abril de 2013


Publicação da Revista Acervo, 1987.

O desenvolvimento da fotografia

A atividade fotográfica no Brasil expandiu-se a partir das descobertas realizadas
na Europa e nos Estados Unidos. Foi introduzida na primeira metade
do século XIX nos principais centros urbanos do país e profissionalmente
exercida sobretudo por fotógrafos estrangeiros. Durante todo o século XIX
o retrato constituiu o registro mais freqüente do trabalho fotográfico devido
às suas possibilidades inesgotáveis de comercialização. Uma clientela receptiva
encontrou no retrato um meio mais acessível do que a pintura de perpetuação
da imagem do indivíduo. O registro de paisagens, expedições científicas
e inúmeras outras atividades — militares, de engenharia etc. — envolvia
dificuldades muito maiores do que os retratos de estúdio. Quanto mais longo
o deslocamento, maior o esforço exigido do"fotógrafo no transporte do
volumoso equipamento característico da época, bem como a câmara escura
improvisada pelo fotógrafo. Além disso, a precariedade dos equipamentos,
o preparo das chapas, o longo tempo de exposição requerido para fixar a
imagem e a necessidade de revelar imediatamente após a exposição impediam 
flexibilidade do registro.
Essas limitações, que reduziam as possibilidades de fotografar cenas de
ação, foram parcialmente superadas pelo domínio de novas técnicas a partir
de fins do século XIX. A utilização de novos processos conferiu maior agilidade
ao fotógrafo. Por outro lado, o fotoamadorismo popularizou-se com a
invenção da câmara portátil, em 1888, pela Kodak, e de um sistema pelo qual
o filme passou a ser revelado comercialmente. No início do século XX criouse
o sistema de reprodução fotomecânica que permitiu a impressão da fotografia
em publicações e cartões postais. Até então a imagem fotográfica servia
de ilustração em publicações impressas por meio da litografia, obtida a
partir da fotografia. A importância do novo sistema para a fotografia consistiu
na viabilidade de ampliar sua divulgação através de publicações e de estimular
sua atividade através da maior demanda de registros fotográficos.1 O
novo mercado de trabalho surgido com a reprodução fotomecânica deu origem
ao fotqjornalismo.
Sob o ponto de vista da pesquisa histórica, as possibilidades de estudo através
da fotografia tendem a aumentar na proporção em que se desenvolvem a
técnica fotográfica e os processos de impressão. A pesquisa realizada com os
1. Boris Kossoy, Origens e expansão da foíograjia no Brasil, século XIX
 (Rio de Janeiro, Funarle,1980), 128 p.41, documentos da fase inicial da fotografia é 
dificultada pelo caráter estáticodos registros produzidos no período e agravada pelos 
problemas inerentes à sua preservação.
Com o passar do tempo, as inovações tecnológicas e seus reflexos sobre a
atividade propiciaram um universo de estudo muito mais amplo e desenvolveram
as condições para sua conservação através dos sistemas de impressão.
O estímulo à atuação do fotógrafo amador e do fotojornalismo, desencadeado
pelo domínio de novas técnicas, passou a garantir não só o aumento do
número de registros, como também a diversificação dos assuntos fotografados.
Quando impressa, a fotografia é preservada na medida em que o suporte-
papel não emulsionado possui uma durabilidade superior à do papel fotográfico.
Mesmo no caso do jornal, cujo processo de impressão não favorece a
nitidez, a utilização da fotografia leva à constituição de um acervo que, se não
for destruído, consistirá numa valiosa fonte de pesquisa do passado. Pág.: 40 e 41.

Por: Lúcia Lahmeyer Lobo,
Ana Maria de Lima Brandão e
Maurício Lissovsky
Pesquisadores do Cpdoc, dia
Fundação Cetúlio Vargas

Uma viagem ao passado de Homero Massena

"Remanso", 1974.

Vila Velha é uma cidade que respira história. São suas igrejas antigas e monumentos que entre suas paredes guardam um pouco do passado vila-velhense, ou o Morro da Penha, com suas lendas religiosas. E para quem quer conhecer a história canela-verde, vale a pena fazer uma visita em uma pequena casa de esquina, na Quadra 148, nº 175, no Parque da Prainha. Foi lá que por 23 anos, viveu o artista Homero Massena.
Tombada no final da década de 1980, a residência é um dos maiores patrimônios históricos de Vila Velha, e conserva as obras e a história de vida do artista. Foi lá que fez suas maiores pinturas.

"Atelier", 1951.

 Homero Massena, o artista
Homero Gabirobetz Massena nasceu na cidade de Barbacena, em Minas Gerais, no dia 4 de março de 1884 e chegou a Vila Velha com apenas seis meses de vida. Aos 15 anos ele descobriu a vocação artística e frequentou os cursos de pintura, urbanismo e decoração na Escola Nacional de Belas- Artes do Rio de Janeiro (RJ) e de Minas Gerais (MG). O artista também estudou na Europa, na Academia Julien, em Paris.
 O que realmente interessa deste breve post é esta bela imagem abaixo!

“Alvorada”, aquarela de Cícero Dias (1928)
Esta beleza de aquarela passou os últimos 85 anos arquivada, desde que foi exposta na primeira mostra individual de Cícero Dias, em 1928, no saguão do “hospício” Policlínica Geral do Rio de Janeiro, a marcante estreia do pernambucano.
A obra foi resgatada recentemente pela viúva do artista, a francesa Raymonde Dias, e entregue ao galerista de longa data de Cícero, o paranaense Waldir Simões de Assis Filho. “Alvorada” saiu de seu sono profundo direto para uma das paredes da Simões de Assis Galeria de Arte, na feira SP-Arte.

terça-feira, 9 de abril de 2013


Cultura ?


A palavra cultura abrange várias formas artísticas, mas define tudo aquilo que é produzido a partir da inteligência humana. Ela está presente desde os povos primitivos em seus costumes, sistemas, leis, religião, em suas artes, ciências, crenças, mitos, valores morais e em tudo aquilo que compromete o sentir, o pensar e o agir das pessoas.


Arquivologia ?


A arquivologia aparece como uma disciplina do ramo de ciência da informação que estuda os documentos; Esse estudo começa desde a criação do documento, e se estende até sua utilidade final.
A arquivologia se encarrega de identificar a importância, a relevância, a história e a recuperação da informação contida em um documento.
É dever do arquivista distinguir o valor e o objetivo da informação adquirida.
Hoje arquivo pode ser conceituado como agrupamento de documentos, o que logo se relaciona á “conjunto de informações”, que podem aparecer através de papel, fotografia, objeto, e dentre outros, tal informação que pode vir de pessoas físicas, jurídicas, ou órgãos público-políticos-econômicos-social-CULTURAL. Esses arquivos são guardados e conservados muitas vezes para provar ou praticar algo, serve á garantia de direitos e apoio á tomada de decisões, compor valores históricos, etc ...



Cultura Arquivada

Foi através das descobertas históricas e automaticamente arquivísticas, que surgiu a cultura, hoje mais ligada a valores morais e costumes, após uma escavada na história, um estudo direcionado a forma de vida de nossos antepassados, podemos afirmar uma ligação entre arquivo e cultura.
Uma pesquisa a história do Rock and Rool por exemplo, posso dizer que é uma cultura arquivada, para descobrir como, onde e porque surgiu o tão adorado gênero musical é preciso voltar no tempo e encontrar alguns vestígios e transforma-los em informações pertinentes, pra provar que Elvis, Beatles, entre outros grandes nomes, foram um dos influenciadores do rock é preciso unir informações daquela época que hoje estão arquivadas, porém, não é tão fácil assim, pois esses arquivos são raridades nos dias de hoje, é preciso anos de estudo pra afirmar de fato, a história não só do rock, mas a do teatro, a do cinema e de quaisquer outro feito histórico-cultural. Contudo, CULTURA, HISTÓRIA e ARQUIVOLOGIA tem tudo a ver.


Sobre o Rock: Em ROCK AND ROLL: UMA HISTÓRIA SOCIAL - crônica cobrindo 30 anos de um dos mais importantes fenômenos de massa do século XX - Paul Friedlander mostra com o gospel, o country e o blues influenciaram desde Elvis e Marvin Gaye ao The Who. O autor revisita a cena do rock clássico, alternativo e do punk-rock traçando a história do gênero musical que já atravessou cinco décadas de sucesso ininterrupto. A força social das melodias do Rock and Roll flui das páginas, enquanto Friedlander analisa toda um movimento histórico-social baseado em hits como Johnny B. Goode e Walk on the wild side.


Sobre o Teatro: O livro História do Teatro Capixaba: 395 anos é considerado um dos maiores registros sobre a história do teatro feito no Espírito Santo. De autoria de Oscar Gama Filho, a obra foi lançada em 1981 pela Fundação Ceciliano Abel de Almeida e Fundação Cultura do Espírito Santo.